terça-feira, 31 de março de 2015

Introdução alimentar

Como a Alice não mama exclusivamente no peito, aos 4 meses comecei a apresentar a ela as frutas amassadas. No início os bebês não sabem que existe outra forma de se alimentar que não seja leite através da sucção, então há um certo estranhamento com sólidos, mas como fruta é doce, a aceitação não foi tão ruim, apesar das caretas e de cuspir mais do que engolir a fruta. Comecei pela banana maçã ou prata amassada, dei pêra, mamão, maçã(a Argentina é melhor, mais mole e mais doce), melancia, goiaba, abacate. Uma dica é que jogar um pouquinho da fórmula (no meu caso) ou do leite materno (após os 6 meses) por cima da fruta ajuda na aceitação. Bom, como ela ainda estava com 4 meses e o objetivo era apenas apresentar novos sabores, foi tranquilo. Para ela o melhor horário era a tarde. E eu não tinha isso como obrigação, tinha dia que era só leite e tudo bem. Com 5 meses levei-a na pediatra, que me orientou melhor como fazer essa introdução de sólidos. Acho que é comum entre as mães ficar bem confusa e cheia de dúvidas nessa transição, e eu me sentia assim. Agora o objetivo é apresentar também os sabores dos legumes, um a um para o caso de alguma alergia ou intolerância, feitos sem tempero, sem sal, só cozido. Então o esquema seria o seguinte: acordou, mama, depois de duas horas um "lanchinho" que seria a fruta(de preferência não dar banana de manhã pois pode deixar sem fome para a papinha principal), depois de 1h a papa principal, depois de 2h mama de novo, mais 2h, fruta de novo, que pode ser substituída por uma vitamina feita com a fórmula em menor quantidade (o ideal é que o liquidificador seja usado apenas para o preparo da comida do bebê). Depois de 2h, mama de novo. Nesse momento ainda não se mistura os legumes com verduras e não tem janta. Nessa fase, faço as vezes papinha com dois tipos de frutas misturadas. Na teoria é isso, mas na pratica exige muita paciência e amor, pois é bem difícil. Alice começou a aceitar super bem as frutas, mas os legumes, cospe tudo e não aceita, hoje aceitou melhor a batata. Já ofereci cenoura, beterraba, batata doce, batata, mandioca salsa, abóbora, inhame. Percebi que quanto mais "purê", mais molinho ficar o legume, maior a aceitação. Mas ainda cospe mais do que come. Por aqui água também está difícil, tenho dado bastante água de côco, e ela adora, sempre dou depois das papas. Ah, às vezes de manhã não dou o lanchinho, já dou o legume, porque acho que ela pode ficar sem fome e por isso não comer o legume. E eu coloquei uma pitada de sal na batata para ver se ela comia melhor, não sei se foi isso, mas comeu melhor. Eu não sou radical, faço escolhas conscientes mas acho que cada um tem que ver o que funciona melhor na pratica para a SUA dinâmica familiar. É assim que tenho feito. Hoje, faltando 3 dias para completar 6 meses, foi a primeira vez que raspou o prato(abóbora). Aos 6 meses começam as papinhas verdadeiras, vamos ver como vai ser... Também tomei conhecimento sobre uma nova forma de introdução de sólidos que achei bem interessante, onde o neném manuseia e leva à boca o alimento, não amassado. Indicado para bebês que sentam e que conseguem levar objetos à boca. Vou pesquisar melhor e tentar fazer os dois combinados para Alice. Baby led weaning é o nome dessa forma que vem sendo difundida agora no Brasil. Venho contar depois. Obs.: A sociedade brasileira de pediatria diz que a papa principal deve ser feita sem sal. Também não é indicado misturar fórmula aos alimentos.

segunda-feira, 30 de março de 2015

Amor de vó

Como o nome do blog foi inspirado na vovó Laurinha, que costuma chamar a Alice de "luz da minha vida", nada mais justo que iniciarmos com um post sobre amor de vó! Saber que tenho uma mãe que me ama incondicionalmente é uma zona de conforto, um porto seguro. Mas a alegria de dar a ela sua primeira neta e vê-la tão encantada, babona e apaixonada é a multiplicação desse amor! Ela sempre foi e é essencial em todos os momentos da minha vida, me espelho nela como mãe, apesar do meu próprio estilo de maternar(rss). A sua importância tomou outra dimensão depois que me tornei mãe, pois agora sei de sua dedicação e amor. Dizem que vó é mãe duas vezes! A vovó Laura vai nos dizer o que é para ela ser vó: "E quando eu pensei que não poderia sentir amor maior do que o que sinto pelos meus filhos, chegou a Alice, e o meu coração até se assustou, se derreteu, e se apaixonou!Parece que tudo ficou mais brilhante, ela trouxe a luz, ela é a LUZ DA MINHA VIDA. Sou uma avó privilegiada, pude segurar a mão de minha filha na hora das dores do parto, estive ao seu lado o tempo todo, e pude ver Alice chegando ao mundo com todo o amor e preparação que uma mãe pode fazer! Também tive outro privilégio, cortei o cordão umbilical a pedido de minha filha, foi tudo quase perfeito, exceto o colírio (nitrato de prata) que pingaram na Alice e sua mãe não queria, mas foi tudo tão rápido, que quando falei para não pingar já tinham feito, quase matei à enfermeira, e fiquei calada porque não queria que Mariana ficasse contrariada nem nervosa... E aí seguimos, Alice tomou seu primeiro banho no dia seguinte e eu a acompanhei, a coisa mais linda ela nadando dentro do ofurô do hospital, e depois elas tiveram alta! Ai começa a mais incrível aventura para mãe e filha, e a vovó aqui, tentando não ser invasiva e ao mesmo tempo querendo ensinar a mamãe algumas coisas que se pode ensinar e outras que elas têm que sentir e aprender sozinhas. É muito interessante como as mães se entendem com seus filhos e ninguém precisa ensinar, comigo foi assim com todos, e tenho 04, e com ela não é diferente! Mas esse sentimento de amor que nasceu em meu coração com a chegada de Alice, é um sentimento tão grande, tão intenso, tão gostoso, que não acho palavras para descrevê-lo, como explicar o que só sei sentir?"

domingo, 29 de março de 2015

Amor de vó inspirou o nome do blog

Estou muito feliz com esse blog, essa idéia surgiu por incentivo de uma amiga blogueira,dona do Blog Parto em Rondônia. Desde a gravidez da Alice criei o hábito de usar blogs e grupos do facebook para me informar e tomar a melhor decisão para o meu parto, e eles me ajudaram muito! Depois que a minha filha nasceu, comecei a compartilhar minha rotina de mãe através das redes sociais, fiz também dois relatos para o blog da Cariny, meu parto humanizado e uma carta para Alice contando os obstáculos que enfrentei e superei para amamenta-la. Quando eu resolvi escrever um relato do meu pós-parto, percebi que me faltava um espaço para compartilhar, trocar idéias e enriquecer ainda mais esses momentos de maternagem. É um espaço onde pretendo mostrar os meus desafios, dúvidas, dificuldades e alegrias como mãe. Foi muito difícil encontrar um nome para esse blog, tudo o que eu gostava estava indisponível. O nome "luz da mamãe" foi uma inspiração que tive pois minha mãe costuma chamar a Alice de "luz da minha vida" e de fato um filho (ou neto) vem para iluminar nossas vidas mesmo, trazendo brilho, transformações e fazendo uma revolução interior. Vou convidar também profissionais para escrever, dar dicas e me ajudar com algumas dúvidas cotidianas, sempre fazendo um paralelo com minhas experiências do dia a dia com a Alice. Espero que gostem e que eu possa somar com outras mulheres, mães, gestantes, tentantes, puérperas, lactantes, assim como outros blogs me inspiraram como gestante e inspiram ainda hoje na tentativa de trilhar um caminho respeitoso, empático, consciente e informado para a criação da Alice.