quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Maternar em tempo integral

Ser mãe em tempo integral é contradição, pois é com certeza a função mais desgastante que já exerci e ao mesmo tempo a maior benção que tenho... Poder acompanhar de perto o desenvolvimento motor da Alice, sua comunicação peculiar e a personalidade se manifestando. Tomar a frente da alimentação, preparando as refeições e apresentado a ela o que eu acho essencial para a formação do seu paladar, evitando o que possa atrapalhar. Impor limites com carinho, acolhendo suas frustrações, colocando em pratica tudo aquilo que eu acredito ser o melhor na sua educação. Estar presente para brincadeiras, para arrancar gargalhadas, ser colo aconchego, ser sua principal referência de afeto... Mas eu enquanto mulher e profissional muitas vezes me pego insatisfeita, como em toda a decisão que a gente toma, essa é uma consequência. Não sei se por eu não ter uma funcionária para me ajudar com a Alice e minha família morar longe, para eu ter um tempo para mim, ter um mínimo de liberdade. As vezes a sobrecarga vira uma bola de neve, pois no meio dessa rotina, o dente começa a nascer, seu bebe fica irritado, o nariz entope, acorda demais a noite, não tira as sonecas direito, suas costas doem, você se sente sozinha, o corpo cansa, a mente também e vai se acumulando uma energia de estresse onde na verdade deveria haver empatia e compreensão. Eu como humana tenho que me perdoar, mas me culpo quando não consigo "segurar a onda". Faz falta a vida social, o trabalho, o sono, a conversa tranquila com os amigos, os passeios com o marido, a liberdade que eu tinha ... Sinto gratidão por poder viver esse momento tão intensamente com todos esses sentimentos bons e ruins mas acima de tudo transformadores. Eu e meu marido fizemos essa escolha temporária pois a minha profissão permite, uma vez que sou autônoma e graças a Deus ele consegue segurar as pontas. Alice hoje está com quase 11 meses, já anda segurando nos móveis, tenta falar suas primeiras palavrinhas, entende algumas palavras, como "dança", "passarinho", "boi", "mamãe", "papai", "não". Quando nos vê comendo e quer, vem engatinhando até a nossa perna mostrar que quer comer, faz o mesmo quando quer colo. "Briga" comigo e diz "mão" (não) quando corrijo alguma atitude, retiro algum objeto perigoso de suas mãos. É muito especial ver tanta coisa acontecendo em um espaço de tempo tão curto! Também admiro e respeito às mães que saem para trabalhar e que são exemplos para seus filhos, que chegam em suas casas cansadas e ainda dedicam o seu melhor para eles, otimizando seu tempo com os pequenos. Acho que não existe o ideal, cada família se adapta à sua realidade é cada mãe escolhe o que julga ser o melhor para si e para o filho. Muitas vezes estou com a aparência cansada, sobra pouco tempo para me cuidar, mas estou realizada enquanto mãe por viver essa fase, com o bônus e o ônus de ser uma mãe em tempo integral.

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Nutrição emocional

Desde que pensei em engravidar e virar mãe, o universo me atraiu pessoas, informações que me levaram a refletir e tomar consciência das minhas escolhas, viver meu "enxoval" da gravidez acumulando informações de qualidade e viver meu parto de maneira ativa, decidindo por acolhimento e afeto na recepção da minha filha ao mundo. E maternidade é um caminho diário de escolhas que nós fazemos para os nossos filhos até que eles possam fazer suas próprias escolhas. E que elas sejam de afeto, pois um dia seremos lembranças para eles, e que tipo de lembranças queremos ser? E numa sociedade do material, do imediatismo, do industrializado, da medicalização, trago um texto maravilhoso da Tainá Bandeira, uma pessoa querida, amiga e cineasta, que nos convida a repensar nossas escolhas quando se trata de nossos filhos. Gratidão: ​O cérebro humano pode acumular ao longo da vida incontáveis memórias, que cobrem desde momentos da mais tenra infância até os anos mais maduros. A lembrança do tempo passado no útero, as acomodações e contrações do mistério inacessível em que seu corpo se formou, essa lembrança, no entanto, lhe é vedada. Junto com o esquecimento completo dos nove meses que passou dentro do ventre, o ser humano tampouco tem lembrança (consciente, pelo menos) das suas primeiras experiências de nutrição, de cuidado e de proteção. Dos primeiros contatos com o seio da mãe aos primeiros engasgos, do gosto do leite materno ao aconchego do corpo que alimenta, trata-se de uma gama de memórias e sensações que, se fosse possível ser acessada, poderia elucidar algo. E algo de essência energética, afetiva e emocional. ​A nutrição que uma mãe e um pai podem prover ao filho é de vital importância para a sobrevivência da criança. É uma alimentação biológica que mantém o corpo da criança ativo, desperto e em crescimento. Tão importante quanto ou mais importante do que essa é a alimentação afetiva, que envolve todos os sentidos, todo o corpo e toda a alma do ser em desenvolvimento. Não há um único grama de caloria vazia nesse nutriente que é tão imaterial quanto natural – o afeto – e que será o combustível com que a criança (e mais tarde o adulto que ela se tornar) irá percorrer o mundo. Não há excesso desse nutriente e nem limite para o quanto se pode ingeri-lo. Não engorda e não faz mal. Ao contrário dos alimentos, que entram em nosso sistema e que exigem do organismo quantidades consideráveis de energia para sua digestão, as somas de amor que recebemos nada exigem do corpo. Nada pedem dos órgãos. Simplesmente alimentam e preenchem e assim nos fazem plenos. Entre a saciedade da fome do corpo, e a saciedade de uma outra fome que talvez possamos chamar de “emocional”, desenvolvem-se o bebê e todas as suas necessidades. E cada umas dessas necessidades aponta para a construção de um ser humano capaz de realizar tudo aquilo que conhecemos por humano: pensar, criar, inventar, sonhar. Cada gesto que o bebê aprende a realizar (digamos, empilhar blocos coloridos uns sobre os outros) é fruto de milhões de anos de evolução, e cada passo seu é uma conquista e uma realização do potencial da natureza. Tão nutritivo quanto o alimento que foi combustível para esse passo é o amor dos pais que ensinaram e encorajaram e que, ao fazê-lo, deram à criança asas para todos os voos. É possível que os distúrbios alimentares e as compulsões que assolam nossa cultura hoje sejam fruto direto da carência primordial desse elemento chamado afeto. Os alimentos se tornaram objeto de tanto escrutínio que se torna difícil pensá-los como aquilo que de fato são: combustível. Comida se tornou símbolo de uma série de coisas que não a mais sábia fonte com que a natureza nos presenteou para a saciedade da necessidade energética de nossos corpos. Comida se tornou uma espécie de tampão emocional, um consumo excessivo que nos afasta temporariamente das ansiedades e dos medos. As privações afetivas da infância retornam com fúria e terminam quase sempre entaladas na garganta, como bocados de comida mal deglutida. Em um cenário desequilibrado de excesso alimentar e de emoções indigestas, a criança vai crescendo. E aquele bebê que ficou sem a satisfação de suas necessidades básicas, as de amor e de cuidado, cai vítima de tantos símbolos, adentrando o labirinto da adolescência com o corpo já mitigado pela dúvida e pela insegurança.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Orientações na amamentação e nos cuidados com o RN

Para quem não sabe, fiz uma mamoplastia e amamentei, junto com complemento, a Alice até os 7 meses. Infelizmente depois que introduzi sólidos ela largou o peito. Tem um relato sobre as minhas dificuldades e vitórias na saga que foi amamentar a Alice no blog "parto em Rondônia", quem quiser saber mais acessa lá em www.partoemrondonia.com.br. Hoje teremos dicas sobre amamentação e cuidados com o recém-nascido, com a querida Milena Sanches, enfermeira obstetra que atua na assistência ao parto normal humanizado e orientações nos cuidados do pós-parto, tanto do bebê quanto da puérpera. Além de oferecer cursos sobre amamentação e cuidados com o recém-nascido, tem uma página informativa no facebook com o nome "Nascer Amor". Muito rico, confiram: "A amamentação pode ser uma fase de muitos aprendizados para algumas mães, principalmente para aquelas que estão tendo agora seus primeiros bebês. Um destes aprendizados refere-se à maneira correta da pega do bebê. Isso é importante para garantir todos os benefícios da amamentação. Lembrando que o colostro é um líquido que antecede o leite materno muito nutritivo para o bebê, que deve ser oferecido ao bebê logo nas primeiras horas de vida e é suficiente para sua alimentação nos primeiros dias de vida. Quando o bebê não pega corretamente o seio da mãe para a amamentação, algumas consequência são dor e rachaduras nos seios, diminuição do volume de leite produzido, ingurgitamento mamário. Além disso, o bebê não consegue ganhar peso e o desmame ocorre de forma precoce, sendo também doloroso para a mãe amamentar. E tudo isso não deve ocorrer, porque amamentar é um ato de amor, além de ser um benefício para o bebê, deve ser um momento prazeroso para ambos! Para a pega correta, o bebê deve abrir bem a boca e abocanhar quase toda a auréola do seio da mãe, mantendo sua boca ainda bem aberta e acoplada ao seio. Ficando agora com os lábios invertidos, seu queixo chega a encostar no seio e a auréola fica mais visível na parte de cima da boca do bebê do que abaixo. Dessa forma, as sucções ocorrem de maneira lenta e o bebê consegue sugar, respirar e engolir, tudo de maneira coordenada e natural. A língua do bebê entra em contato com sua gengiva inferior, suas bochechas ficam redondinhas, ele pode colocar sua mão apoiando o seio e fica bem fixado, sem escorregar. A mãe deve tomar cuidado para não segurar o seio de maneira a bloquear a saída de leite. De maneira geral, não há necessidade de segurá-lo, apenas se a mulher tiver seis grandes e pesados. Alguns sinais que podem ser percebidos pela mulher quando a pega está correta são cólicas uterinas e o seio oposto vazar. Além da amamentação o bebê exige muitos outros cuidados. O umbigo, por exemplo, precisa estar sempre seco e limpo. A limpeza deve ser feita uma vez por dia, com uso de sabão neutro durante o banho, até a queda espontânea do coto umbilical, que ocorre por volta do 7º dia após o nascimento. Seque-o com uma toalha, e em seguida, passe em toda a região um cotonete umedecido em álcool 70º. Não utilize nenhum outro produto e não cubra o umbigo com faixas. O banho do bebê deve ser realizado uma vez por dia, de preferência no período mais quente do dia, entre as 11h e 15h. A temperatura da água deverá ser de 36 graus. Confira SEMPRE o Calendário de Vacinação, desde os primeiros dias de vida. Não deixe que seu filho fique sem nenhuma vacina! Esses são alguns cuidados com os bebês e ainda há outros. As dúvidas sempre surgem e se surgirem, consulte um profissional da área!" Milena Pinheiro Sanches ENFERMEIRA OBSTETRA Celular: (11) 99356-5550 E-mail:nascereamor@gmail.com

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Intuição materna e o poder da oração

Aos 9 meses o primeiro grande susto com Alice, duas e pouco da madrugada ela caiu da cama. Aqui em casa nós optamos pela cama compartilhada, não apenas por nos identificarmos com a pratica, mas também por uma questão de espaço. Pois bem, para explicar melhor, o papai perdeu o sono e foi para a sala e eu não vi, acordei com o barulho, a cama vazia e o desespero e fui buscar, atordoada, minha filha no chão. Mas esse na verdade é um relato de fé. Assumo aqui que apesar de ter uma educação católica e me identificar também com o espiritismo de Allan kardec, não fui uma pessoa de frequentar igreja ou centro assiduamente, foi bem esporádico na verdade, mas cresci ouvindo minha mãe falar em Nossa Senhora e sabendo que meu pai fez seminário e tocava em missa, fiz catequese, enfim, tive educação religiosa. Mas isso não me deu o hábito de rezar todos os dias. E agora que sou mãe, e sou muito grata pela filha saudável e feliz que tenho, tenho procurado frequentar a igreja e me policio para orar sempre pedindo proteção à ela e agradecendo pela sua saúde, mas nem sempre lembro, ainda não se tornou um hábito. E eu já estava a alguns dias, por um motivo ou outro, sem fazê-lo. E incrivelmente, na noite que ela caiu da cama me veio esse desejo de rezar, orar e até mesmo me perdoar e tentar melhorar isso e o fiz. Peguei na mão do meu marido, com minha filha dormindo em meus braços, nós 3 em uma só energia e agradeci também em voz alta pela sua saúde e pedi proteção. A minha cama não é segura para um bebê, é muito alta e já estamos resolvendo isso, então o anjinho da guarda protegeu muito minha Alice, quando a peguei estava de barriga para baixo e não havia sequer batido a cabeça. Ela pouco chorou, talvez por perceber o tamanho do meu susto e de alguma forma quis me manter calma. E depois que passou e me acalmei, pensei no meu instinto de rezar, na minha conexão com a minha filha, e na importância de fazer disso um hábito pois pude testemunhar que oração de mãe é poderosa. Então, independente de religião, vi a importância de abençoar e orar pelos filhos. Agora mais do que nunca vou me esforçar para fazer disso um hábito, não automático claro, mas com muita intenção e luz.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Sobre uma ligação antiga de pai e filha.

Sabemos que o amor paterno é importante para a saúde emocional e o desenvolvimento saudável dos bebês! E os papais estão cada vez mais antenados e conscientes do seu papel a fim de participar ativamente nos cuidados, educação, brincadeiras, criando assim um vínculo seguro com seus filhos. Como já disse em outros textos, quando conheci meu marido, sonhei em tê-lo como pai dos meus filhos, e tem sido incrível vê-lo "paternar". E para contar um pouco do quão maravilhoso tem sido partilhar essa experiência e esse elo eterno que criamos, nossa filha, vou falar do amor antigo e da ligação mística entre o papai Herisson e a Alice. Desfrutem... O menino Herisson já sentia que teria uma filha e desde muito jovem, bem antes de conhecer a mãe Mariana, que morava na Bahia nessa época, já falava sobre a filha, desejando profundamente sua presença física futura em sua vida. Chegou a sonhar com sua menina. É certo que quando me conheceu teve medo de casar, depois medo da responsabilidade de ser pai. Mas sempre comentou sobre o desejo de ser pai de menina (arrisco dizer que comentava do desejo de ser pai da Alice, assim como nós a conhecemos hoje). A gravidez foi planejada e desejada por ambos, e quando soube que ia ser pai de uma menina, aquela sonhada a tanto tempo, foi o início da materialização do seu mais profundo e antigo amor. Ao final da gravidez, como escolhi ganhar a Alice em Brasília e com a eminência da possibilidade de não estar presente no dia do meu parto, pois teria que voltar para Rondônia, conversou com ela que assistiria de perto seu nascimento se ela nascesse até o dia 4 de outubro (a data provável) e ela nasceu dia 3 de outubro. Ele esteve presente no parto, e talvez não saiba descrever em palavras a emoção que sentiu ao vê-la nascendo e vê-la pela primeira vez! Uma experiência totalmente diferente de qualquer outra já vivida antes. "Senti uma mistura de medo, por não saber se estava tudo bem, e amor pelo momento único e especial que estava vivendo. Naquele momento virei pai, aquilo iria marcar minha vida para sempre". Quando leu comigo meu relato de parto, reviveu a emoção emocionando-se novamente. Ele confessa que o amor de pai é diferente do da mãe que já é sólido desde a barriga, e que para ele a convivência, o dia-a-dia acompanhando o desenvolvimento, a maior interação da filha com ele que o fizeram completamente apaixonado! Sempre me disse que a Alice adoraria ir ao sítio, adoraria terra, rio, assim como ele tem sua raiz e criação nesse meio. E incrivelmente a Alice amou seu primeiro banho de rio(na água ge-la-da), adorou andar a cavalo, gosta de pássaro, Carneiro, árvores, cachorro, galinha... Como ele sabia que seria. Sempre diz que ela é exatamente como ele imaginou, inclusive fisicamente. É pai babão, acha ela linda, diz que nunca conheceu uma criança tão esperta e alegre como ela. O olhar dela para ele e vice-versa, o "ba bai" que ela diz se referindo a ele, o sorriso que abre quando tem sua atenção e carinho são demonstrações gratuitas de amor. A primeira vez que engatinhou, aos 8 meses, foi ele quem viu... Todos os planos e objetivos incluem garantir uma infância e futuro felizes para a Alice, para ela nenhum esforço é demais! E ser pai, e papai da Alice tem sido tão bom, que ele não vê a hora de me ver barriguda novamente e ganhar mais um presente divino, outro filho. "É um imenso amor, que aumenta todos os dias!"

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Maternidade e o desejo de se tornar melhor

Sobre uma riqueza que a maternidade real vem trazendo pra mim... A grande maioria de nós julgam ou julgaram as pessoas em algum momento. Mães então, são alvos fáceis, principalmente dos que não têm filhos e são cheios de receitas e teorias. Quantas vezes pensamos "meu filho não vai fazer isso", "eu vou educar diferente" enquanto não tínhamos filhos? Confesso que eu algumas vezes... E ainda que eu tenha uma bebê de apenas 7 meses e ainda não tenha enfrentado situações de afronta, "birra" etc, já venho tentando melhorar essa postura de julgar as outras pessoas e suas escolhas. É incoerente eu querer respeito às minhas escolhas e não fazer o mesmo com o diferente. Não curto radicalismo. Assim que ganhei a Alice esse sentimento de respeito e admiração às outras mães e mulheres brotou mais intenso em mim. Adquiri solidariedade às mães de recém-nascidos, se eu puder ajudo no que for preciso. Só a minha experiência (que mostrei em um texto anterior) me trouxe essa consciência e desejo de contribuir de alguma forma. Coisas que eu não compreendia de forma alguma, como por exemplo uma mulher que escolhe não ser mãe, passei a acolher e respeitar. Inclusive a filosofia do blog é essa soma entre mulheres com foco em maternagem e temas relacionados e apoio mútuo. E acredito que o dom de maternar passa pelo desejo de se tornar uma pessoa melhor a cada dia, para ser o exemplo para os filhos. Sou humana e cheia de falhas, mas acredito na evolução, na capacidade do perdão, a si e ao próximo e na nova oportunidade e tentativa...E como é bom se abrir para o crescimento pessoal e enxergar essas possibilidades de cultivo de bons sentimentos, se permitindo ser humana e com seus defeitos, mas acima de tudo buscando melhorar diariamente!

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Dividindo cuidados com o pai...

Vim refletir sobre divisão de tarefas no lar e nos cuidados com os filhos. Tenho uma diarista que por motivos de saúde está temporariamente afastada das atividades. Então pela primeira vez tenho que cuidar da Alice e dos afazeres da casa, que se acumularam até eu ter a notícia da diarista. E estou sentindo na pele a sobrecarga do acúmulo de funções que culturalmente afetam muito mais o sexo feminino. Meu marido não divide tarefas, apesar de colaborar, é como se a obrigação fosse minha, e isso se estende aos cuidados com nossa filha. Ele não entende como dever dos dois e sim como "ajuda" quando desenvolve algum cuidado com a pequena. No momento eu não estou trabalhando, e acho a melhor opção para os 3, e uma oportunidade maravilhosa de ser presente no primeiro ano de vida da minha filha. Quando questiono uma atitude mais ativa do pai, ele argumenta que trabalha fora. É legítimo, e eu tenho bom senso de não acordá-lo de madrugada, ele tem o sagrado descanso do almoço... Mas eu não fico à toa enquanto ele trabalha, estou disponível aos cuidados da Alice 24h, sem adicional noturno nem hora extra, já que ela ainda acorda de madrugada. E no momento sem diarista. Quando eu voltar a trabalhar, terei que conciliar com a casa e, principalmente, com os cuidados, as brincadeiras, tempo e atenção para a minha filha. E acho que o pai deve fazer o mesmo, afinal fizemos essa escolha. E se o pai não for presente e ativo, há desequilíbrio nessa balança, preconceito de gênero, e lamento por isso, pois ainda é preciso muita mudança para que minha filha tenha uma dinâmica diferente quando constituir sua própria família e para termos uma sociedade mais igualitária para homens e mulheres, onde o exemplo possa estar nas nossas casas. Eu tenho um grande companheiro e marido, que vem fazendo uma série de mudanças positivas nesses quase 6 anos de convivência! E eu sei que ainda estamos nos adequando como pais, aprendendo no dia-a-dia, errando tentando acertar. E acredito que ele quer ser ativo na criação e cuidados da Alice ... E pra falar a verdade, ele tem sido a seu modo. Um pai que me surpreende com seu amor e encantamento! E com o tempo, as divisões têm melhorado. Não é uma mudança fácil, mas é enriquecedora para a estrutura familiar moderna! Chegaremos lá! E ai, alguém se identificou? Alguma história motivante de pai ativo?

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Confissões do puerpério...

Cuidar de um recém nascido é muito intenso e demanda demais. Ainda mais para a maioria de nós que passa a vida toda idealizando a maternidade e o bebê e intensifica as expectativas na gravidez, lembrando dos lindos e rechonchudos bebês de propaganda da johnson. É um período onde os hormônios estão à flor da pele, onde há um desconforto pela falta do bebê no útero, pela nova forma corporal. É muito profundo, uma oportunidade dolorida de rever a sua criança ferida(pois todos têm as suas feridas, em proporções diferentes, claro), de olhar para dentro e se permitir viver essas emoções. Intensas, avassaladoras... Por isso é importante apoio constante, privacidade, carinho ... E mergulho no desconhecido! Fiz um relato sobre o meu puerpério tentando mostrar exatamente como me senti, e tenho um carinho especial por esse texto, pois tive um baita confronto de idealização e bebê real. Fui arrastada por essa enxurrada de sentimentos ... E sobrevivi, mais forte e mais consciente de mim. Me olhei, me vi como eu sou, me acolhi, curei feridas, amadureci. E agora te convido a ler o meu relato: Para introduzir o meu relato de puerperio, preciso dizer que fui uma gestante bem informada, passei a gestação inteira lendo, tanto evidências científicas quanto relatos de outras mulheres que pariram, lendo discussões em grupos de apoio ao parto natural. Eu fiz todo um preparo para o meu parto me preparei, preparei a minha mãe, meu marido. E mais: tive apoio, acompanhantes, doula, médico humanizado, escolhi o hospital, e tive êxito ao final do processo: pari minha filha da maneira mais natural possível, com apenas uma intervenção indesejada da pediatra nela. A minha doula, em um de nossos encontros, me disse que achava que eu ia conseguir e justificou dizendo que em nenhum momento eu tinha inseguranças do tipo"será que eu vou conseguir". Eu tinha certeza que iria, durante o meu trabalho de parto, em nenhum momento me passou pela cabeça anestesia ou cesariana. Bom, dito isso, enfim nasceu a Alice! Eu me senti muito feliz, mas não me vieram lágrimas aos olhos, como imaginei que seria... E a quantidade de lacerações e pontos no meu períneo também não estavam nos planos. Após o nascimento, não tive como descansar, eu fiquei muito agitada, empolgada, não tinha sono, enquanto isso minha filha dormia tranquila ... E assim foi o dia inteiro. Eu me sentia bem. O primeiro baque veio a noite, quando a Alice acordou e eu queria/precisava dormir. Eu entrei em trabalho de parto as 2 da manhã, então já estava praticamente sem dormir desde a noite anterior. Mas ela sentiu fome e passou a noite mamando o colostro, e eu acordada, aprendendo a amamentar e sonolenta. Uma das coisas mais difíceis da madrugada são os arrotos, depois que seu bebê mama, ele ainda precisa arrotar e é um processo demorado, aliás uma eternidade pra quem está com sono. Tudo bem, no dia seguinte fomos pra casa, eu ainda me sentia bem, feliz saindo da maternidade com meu marido, minha mãe e minha bebê recém nascida e, nos corredores do hospital, todos olhando curiosos e encantados, pois o nascimento de um bebê é mesmo fascinante. Pois bem, cheguei em casa, já tinha concordado com a visita de um casal de amigos para conhecer a Alice. Mas como eu estava exausta, não consegui dar atenção a eles. Estava na casa da minha mãe em Brasília e dentro de 3 dias o meu marido teria que voltar para Cacoal, e eu queria tempo para curtir esse momento com ele e ajuda com a bebê, afinal eu ainda não tinha dormido. Com a eminência do meu marido ir embora, começou meu baby blues, talvez eu já tivesse lido por alto a respeito, mas sinceramente eu não havia me preparado pra isso(ao contrário do parto, como fiz questão de mostrar no início do texto), nunca imaginei que aconteceria comigo, ainda mais diante do meu sonho de ser mãe e do parto perfeito que eu tive! Me tranquei no quarto e comecei a chorar. Você não sabe ao certo porque está chorando, chorei porque não queria que meu marido fosse embora, porque queria dormir, chorei porque pesou e doeu a responsabilidade de ser mãe (deixar de ser só filha), por medo de não dar conta, por cansaço, chorei por não estar me sentindo a mulher mais feliz e realizada do mundo, pelo contrário, estava me sentindo triste, chorei pois cuidar dos pontos no períneo é doloroso e quando eu me tocava, tinha a impressão que nunca mais minha vagina seria como antes. E pra piorar, alguns pontos abriram e eu tive de refazê-los, o que me rendeu uma fibrose. Chorei com a dor de amamentar e também frustrada por não ter conseguido amamentar exclusivamente meu leite. Chorei por não ter chorado quando vi seu rostinho pela primeira vez. Chorei por não conseguir acalma-la ninando e por minha mãe conseguir(o que havia de errado comigo?). Chorei culpada por estar triste e saber que minha filha era diretamente influenciada pelas minhas emoções, pensei não estar me vinculando a ela como deveria, como acontecia com TODAS as mães desde o primeiro momento. Eu me sentia sozinha nesse mar de tristeza, a única mãe no mundo que se sentia desse jeito, uma pessoa fria por não conseguir viver plenamente a experiência da maternidade. Conversava com a minha mãe, esperando que me dissesse que também passou por isso, mas não, ela não passou (ou não lembra). Um parêntese para dizer que recebi carinhosos abraços da minha mãe e fui muito acolhida por ela nesse momento frágil. E aí vem aquelas questões do tipo: por quê me sinto tão triste se tenho amor e ajuda da minha família e marido? Se minha filha nasceu tão saudável e perfeita? Se o parto correu como eu queria? Se minha filha foi planejada e desejada? Se eu estou realizando o sonho de ser mãe? Em muitos momentos pensei em mães solteiras, gravidez não planejada, em mulheres que não têm ajuda de ninguém no resguardo, em mães que têm seus bebês na UTI... Como deve ser duro para elas! Compreendi também as mulheres que não querem ter filhos, pois tal escolha requer muita renúncia, dedicação e nem todas estão dispostas a isso. E é preciso ser honesta consigo e pensar sobre o assunto. Hoje vejo que o ideal seria que filho fosse uma escolha consciente, viesse em um lar estruturado, com pais que se amam. E admiro, respeito e acolho as guerreiras que tiveram suas histórias diferentes dessa estrutura. Comecei a me informar sobre o baby blues, conversei com a doula, com amigas que são mães, e vi que na verdade eu deveria me permitir viver aquelas emoções, mas quem está ao seu redor não entende, não quer te ver daquele jeito. E no fundo nem eu aceitava estar me sentindo triste. Então eu tentava segurar a barra. Quando meu marido foi embora, ficou o vazio... Lembro de um dia estar chorando no banheiro e conversar com ele pela internet e dizer que eu nunca havia me sentido daquele jeito em toda a minha vida. Acho que se eu quisesse, seria capaz de chorar horas a fio, quiçá dias... um choro angustiado. Eu sentia vontade de chorar a maior parte dos meus dias. Eu rezava, as vezes olhava a imagem de Nossa Senhora com Jesus no colo, no quarto da minha mãe e me vinha mais vontade de chorar. Quando fui avaliada pelo meu obstetra, que diagnosticou e medicou uma hemorróida muito dolorida por causa do parto, minha mãe o contou o tanto que eu estava chorando e triste, preocupando-se com depressão pós parto. Mas tanto ele como o pediatra em que levamos a Alice disse que eu não tinha depressão, que aquilo tudo era o turbilhão hormonal do pós parto. Chorei de alegria e emoção também ao olhar para a minha filha, serena, linda, dormindo. Eu não era indiferente a ela, me preocupava, a amava profundamente, mas achava que estava tendo dificuldade em me vincular pela fantasia que criei da maternidade. Eu precisei tomar medicamento, uma linha quase homeopática para começar a reagir e me sentir melhor. Foram uns 20 dias de muita angústia... As coisas começaram a melhorar quando eu voltei para o meu lar, para meu marido. Ainda assim, a maternidade, crua, é cheia de noites mal dormidas, dores nos braços e costas, inseguranças, escolhas, doação, palpites, culpas, renúncias. Penso ser uma experiência diferente e única para cada mulher e a cada filho. É intenso, pois te leva a sua essência feminina, aos instintos, te leva a reviver as suas dores mais profundas, aquelas que você fez questão de esquecer. Mas é também um convite ao amadurecimento, às mudanças positivas, ao auto conhecimento, ao amor incondicional, altruísta que é reforçado a cada dia! Recompensado com lindos sorrisos banguelas, amorosos olhares, um cheirinho único e delicioso, com alegria e vibração a cada pequena conquista e evolução, quando seu filho(a) dia-a-dia reconhece-a e gradativamente começa a interagir com você. Você é sua referência e seu exemplo, o que te faz batalhar para ser sempre uma pessoa melhor. Aquele serzinho tão lindo, doce e frágil, que te ama e é faminto pelo seu amor! É gratificante quando apenas seu colo e seu amor "resolvem", perceber que você é seu porto seguro, é seu melhor lugar no mundo, o melhor carinho, o melhor colo, a melhor voz, o melhor cheiro... E o melhor amor! E você ama-o com toda a sua força, faz e faria qualquer coisa para protege-lo e vê-lo feliz! Sua vida toma outra forma e fica mais completa. E, de repente, não consegue mais se imaginar sem ele(a)... A tristeza passa, os hormônios vão se equilibrando, nem tudo são flores, mas todos os dias agradeço a Deus pelo presente Alice, pela família maravilhosa que tenho, tanto a que eu nasci quanto a que estou constituindo! Sou grata por ela ter me escolhido e me confiado como sua mãe! E saiba, filha, não existe ninguém que eu ame mais e que a ame mais! C

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Dentista dá dicas de higiene bucal em bebês

Aos 5 meses e 3 semanas toquei a gengiva da Alice e senti uma "serrinha", o dentinho inferior da minha filha está nascendo! Não pude conter minha alegria, apesar da Alice estar um pouco enjoada ultimamente por conta desse fato, essa novidade me gerou euforia e contentamento! Mas junto com isso me vieram as dúvidas: a higienizacão ainda deve ser feita com gaze ou fralda?Quando devo começar a usar escova de dentes? Como fazer isso com um bebê? E com que freqüência? A Dra. Patricia Miyakava é dentista e ortodontista e vai dar algumas dicas importantes para a saúde bucal dos nossos pequenos, nos ajudando com as dúvidas: Desde o nascimento é importante a utilização de gaze ou fralda com água limpa para a higienizacão da gengiva e língua do bebê, onde deve ser retirada aquela camada de leite, de preferência após a última mamada, antes de dormir. Uma vez ao dia é o suficiente antes da erupção dos dentes. Esse hábito, além de higienizar, facilita a aceitação futuramente, do uso da escova de dentes. Quando começar a nascer dentinho, ainda é indicado o uso da gaze ou fralda com água limpa, passa-se esfregando por todos os lados do dente, principalmente atrás, com a freqüência de 2x ao dia. A superfície desses dentes é bem lisa e permite a remoção fácil da sujeirinha. Inicia-se o uso da escova de dentes quando o bebê tiver uma maior quantidade de dentinhos. Existe também uma dedeira de silicone que vende em farmácias e mercados que pode ser usada. Neste momento ainda não se usa pasta de dente. E futuramente, quando começar a usá-la, optar sempre pela pasta SEM FLÚOR (importante!). Quando nascerem os dentes do fundo, a freqüência de higienização aumenta para 3x ao dia e já deve-se usar escova de dentes. O tipo de escova depende da idade, tem indicação na embalagem. O importante é que tenha cabeça pequena e cerdas macias, e como a gengiva dos bebês é delicada e fininha, tem que tomar cuidado. A cárie é uma doença infecto contagiosa, causada por uma bactéria que normalmente é transmitida pelos pais, através de comportamentos como beijar a boquinha, provar a comida, soprar para esfriar os alimentos. Mas como é muito comum essa contaminação, basta escovar bem os dentinhos e evitar o açúcar para não desenvolvê-la. Lembrem-se sempre, o açúcar tem participação muito importante no processo da cárie e deve ser evitado. Essas foram as dicas da Dra. Patricia, espero que tenham gostado! Somos responsáveis pelas escolhas que fazemos para nossos filhos, bem como pela adoção de hábitos saudáveis e, quanto mais conscientes e informadas estivermos, melhores serão as escolhas e hábitos. A prevenção é sempre o melhor caminho, e como o assunto é saúde bucal, vamos cuidar da higiene bucal de nossos filhos e evitar oferecer doces como balas, pirulitos, pois favorecem o aparecimento das cáries. Para quem quiser conhecer melhor o trabalho da Dra Patrícia , ela atende na Multiclínica. Contato: 69-3441-0110

terça-feira, 31 de março de 2015

Introdução alimentar

Como a Alice não mama exclusivamente no peito, aos 4 meses comecei a apresentar a ela as frutas amassadas. No início os bebês não sabem que existe outra forma de se alimentar que não seja leite através da sucção, então há um certo estranhamento com sólidos, mas como fruta é doce, a aceitação não foi tão ruim, apesar das caretas e de cuspir mais do que engolir a fruta. Comecei pela banana maçã ou prata amassada, dei pêra, mamão, maçã(a Argentina é melhor, mais mole e mais doce), melancia, goiaba, abacate. Uma dica é que jogar um pouquinho da fórmula (no meu caso) ou do leite materno (após os 6 meses) por cima da fruta ajuda na aceitação. Bom, como ela ainda estava com 4 meses e o objetivo era apenas apresentar novos sabores, foi tranquilo. Para ela o melhor horário era a tarde. E eu não tinha isso como obrigação, tinha dia que era só leite e tudo bem. Com 5 meses levei-a na pediatra, que me orientou melhor como fazer essa introdução de sólidos. Acho que é comum entre as mães ficar bem confusa e cheia de dúvidas nessa transição, e eu me sentia assim. Agora o objetivo é apresentar também os sabores dos legumes, um a um para o caso de alguma alergia ou intolerância, feitos sem tempero, sem sal, só cozido. Então o esquema seria o seguinte: acordou, mama, depois de duas horas um "lanchinho" que seria a fruta(de preferência não dar banana de manhã pois pode deixar sem fome para a papinha principal), depois de 1h a papa principal, depois de 2h mama de novo, mais 2h, fruta de novo, que pode ser substituída por uma vitamina feita com a fórmula em menor quantidade (o ideal é que o liquidificador seja usado apenas para o preparo da comida do bebê). Depois de 2h, mama de novo. Nesse momento ainda não se mistura os legumes com verduras e não tem janta. Nessa fase, faço as vezes papinha com dois tipos de frutas misturadas. Na teoria é isso, mas na pratica exige muita paciência e amor, pois é bem difícil. Alice começou a aceitar super bem as frutas, mas os legumes, cospe tudo e não aceita, hoje aceitou melhor a batata. Já ofereci cenoura, beterraba, batata doce, batata, mandioca salsa, abóbora, inhame. Percebi que quanto mais "purê", mais molinho ficar o legume, maior a aceitação. Mas ainda cospe mais do que come. Por aqui água também está difícil, tenho dado bastante água de côco, e ela adora, sempre dou depois das papas. Ah, às vezes de manhã não dou o lanchinho, já dou o legume, porque acho que ela pode ficar sem fome e por isso não comer o legume. E eu coloquei uma pitada de sal na batata para ver se ela comia melhor, não sei se foi isso, mas comeu melhor. Eu não sou radical, faço escolhas conscientes mas acho que cada um tem que ver o que funciona melhor na pratica para a SUA dinâmica familiar. É assim que tenho feito. Hoje, faltando 3 dias para completar 6 meses, foi a primeira vez que raspou o prato(abóbora). Aos 6 meses começam as papinhas verdadeiras, vamos ver como vai ser... Também tomei conhecimento sobre uma nova forma de introdução de sólidos que achei bem interessante, onde o neném manuseia e leva à boca o alimento, não amassado. Indicado para bebês que sentam e que conseguem levar objetos à boca. Vou pesquisar melhor e tentar fazer os dois combinados para Alice. Baby led weaning é o nome dessa forma que vem sendo difundida agora no Brasil. Venho contar depois. Obs.: A sociedade brasileira de pediatria diz que a papa principal deve ser feita sem sal. Também não é indicado misturar fórmula aos alimentos.

segunda-feira, 30 de março de 2015

Amor de vó

Como o nome do blog foi inspirado na vovó Laurinha, que costuma chamar a Alice de "luz da minha vida", nada mais justo que iniciarmos com um post sobre amor de vó! Saber que tenho uma mãe que me ama incondicionalmente é uma zona de conforto, um porto seguro. Mas a alegria de dar a ela sua primeira neta e vê-la tão encantada, babona e apaixonada é a multiplicação desse amor! Ela sempre foi e é essencial em todos os momentos da minha vida, me espelho nela como mãe, apesar do meu próprio estilo de maternar(rss). A sua importância tomou outra dimensão depois que me tornei mãe, pois agora sei de sua dedicação e amor. Dizem que vó é mãe duas vezes! A vovó Laura vai nos dizer o que é para ela ser vó: "E quando eu pensei que não poderia sentir amor maior do que o que sinto pelos meus filhos, chegou a Alice, e o meu coração até se assustou, se derreteu, e se apaixonou!Parece que tudo ficou mais brilhante, ela trouxe a luz, ela é a LUZ DA MINHA VIDA. Sou uma avó privilegiada, pude segurar a mão de minha filha na hora das dores do parto, estive ao seu lado o tempo todo, e pude ver Alice chegando ao mundo com todo o amor e preparação que uma mãe pode fazer! Também tive outro privilégio, cortei o cordão umbilical a pedido de minha filha, foi tudo quase perfeito, exceto o colírio (nitrato de prata) que pingaram na Alice e sua mãe não queria, mas foi tudo tão rápido, que quando falei para não pingar já tinham feito, quase matei à enfermeira, e fiquei calada porque não queria que Mariana ficasse contrariada nem nervosa... E aí seguimos, Alice tomou seu primeiro banho no dia seguinte e eu a acompanhei, a coisa mais linda ela nadando dentro do ofurô do hospital, e depois elas tiveram alta! Ai começa a mais incrível aventura para mãe e filha, e a vovó aqui, tentando não ser invasiva e ao mesmo tempo querendo ensinar a mamãe algumas coisas que se pode ensinar e outras que elas têm que sentir e aprender sozinhas. É muito interessante como as mães se entendem com seus filhos e ninguém precisa ensinar, comigo foi assim com todos, e tenho 04, e com ela não é diferente! Mas esse sentimento de amor que nasceu em meu coração com a chegada de Alice, é um sentimento tão grande, tão intenso, tão gostoso, que não acho palavras para descrevê-lo, como explicar o que só sei sentir?"

domingo, 29 de março de 2015

Amor de vó inspirou o nome do blog

Estou muito feliz com esse blog, essa idéia surgiu por incentivo de uma amiga blogueira,dona do Blog Parto em Rondônia. Desde a gravidez da Alice criei o hábito de usar blogs e grupos do facebook para me informar e tomar a melhor decisão para o meu parto, e eles me ajudaram muito! Depois que a minha filha nasceu, comecei a compartilhar minha rotina de mãe através das redes sociais, fiz também dois relatos para o blog da Cariny, meu parto humanizado e uma carta para Alice contando os obstáculos que enfrentei e superei para amamenta-la. Quando eu resolvi escrever um relato do meu pós-parto, percebi que me faltava um espaço para compartilhar, trocar idéias e enriquecer ainda mais esses momentos de maternagem. É um espaço onde pretendo mostrar os meus desafios, dúvidas, dificuldades e alegrias como mãe. Foi muito difícil encontrar um nome para esse blog, tudo o que eu gostava estava indisponível. O nome "luz da mamãe" foi uma inspiração que tive pois minha mãe costuma chamar a Alice de "luz da minha vida" e de fato um filho (ou neto) vem para iluminar nossas vidas mesmo, trazendo brilho, transformações e fazendo uma revolução interior. Vou convidar também profissionais para escrever, dar dicas e me ajudar com algumas dúvidas cotidianas, sempre fazendo um paralelo com minhas experiências do dia a dia com a Alice. Espero que gostem e que eu possa somar com outras mulheres, mães, gestantes, tentantes, puérperas, lactantes, assim como outros blogs me inspiraram como gestante e inspiram ainda hoje na tentativa de trilhar um caminho respeitoso, empático, consciente e informado para a criação da Alice.